CBMAL

CORPO DE BOMBEIROS ASSINA CONTRATO PARA DAR INíCIO à CONSTRUçãO DE SALA DE ASSEPSIA PARA EQUIPAMENTOS E VIATURAS DE RESGATE

  • 10/11/20
  • 10:11

Assim que iniciadas, obras tem previsão para término em um prazo de dois meses

 

Por Sgt Stephany Domingos

 

 

 

A assepsia consiste em um conjunto de métodos e processos de higienização de determinado ambiente, com a finalidade de evitar a contaminação do mesmo por agentes infecciosos e patológicos. E para o serviço bombeiro militar, principalmente os que envolvem o resgate e o atendimento pré-hospitalar, é muito importante ter um local adequado para fazer esse trabalho de assepsia de viaturas e equipamentos.

 

E foi pensando nisso que o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas iniciou estudos de viabilidade para construção de uma sala de assepsia no Quartel Geral da corporação, escolhido devido a proximidade com o Hospital Geral do Estado.

 

O major Cristian Bons, chefe do setor de obras, explica que essa era uma necessidade antiga da corporação já que o CBMAL não possui em nenhuma unidade uma sala para higienização de equipamentos e viaturas e devido a pandemia foi observada  a necessidade de agilizar essa demanda para que os militares possam trabalhar mais seguros. “Em março, o processo foi motivado pelo gabinete do comando e instruído pela major BM Elaine Monteiro solicitando a adequação do espaço para higienização. Então foi feito o projeto pela equipe dos engenheiros da Superintendência de Material e Patrimônio (SMP) para que a SEINFRA pudesse solicitar a obra. Após alguns entraves e ajustes, o processo licitatório foi finalizado no final de agosto e o contrato assinado na última semana com a empresa que realizará a obra”, explicou o major.

 

A major Elaine Monteiro, uma das participantes do processo para que fosse possível construir a sala de assepsia, falou da importância desse momento para o CBMAL: “A conquista da obra de estruturação do Dique para limpeza e desinfecção de VTRs e equipamentos e materiais utilizados no APH terá um relevante papel para nossa tropa, uma vez que ele oferecerá segurança quanto a prevenção das infecções relacionadas à assistência. É um marco para nossa corporação. Sempre foi uma preocupação não ter um lugar adequado para higienizar as viaturas e os equipamentos seguindo parâmetros das normas regulamentadoras. Hoje esse lugar se inicia e com ele a garantia de bem estar e dignidade mediante os padrões de segurança a nossa tropa e a população que recebe a nossa assistência”, falou.

 

O custo da obra está no valor de 43 mil reais e com o contrato assinado, a SEINFRA vai designar um fiscal e então será emitida a ordem de serviço para que a obra seja iniciada, com um prazo de dois meses para término.

 

Será feita uma reforma no último box de viaturas do Quartel do Comando Geral em que as paredes serão revestidas com cerâmica, serão incluídas rampas de acesso, pias e salas de higienização específicas e tudo funcionará seguindo um fluxo dentro da sala, desde a entrada do equipamento contaminado, até a saída do mesmo sem que haja mistura de materiais contaminados com materiais limpos. O projeto arquitetônico foi elaborado pela capitã Débora Oliveira que fez seu trabalho de conclusão de curso do CAO voltado para a construção de salas de assepsia no Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Com isso ela pôde colocar em prática todos os estudos e fazer um projeto adequado com a realidade do CBMAL.

 

Segundo o major Ricardo Lopes, comandante do Grupamento de Socorros de Emergências (GSE), esta é uma necessidade antiga para a corporação e vai influenciar de maneira muito positiva para o serviço: “A assepsia não pode ser realizada em qualquer local, pois existe o risco de espalhar esses agentes biológicos no meio ambiente e contaminar outras pessoas, e nesse sentido, a sala de assepsia é fundamental para que possamos concluir o ciclo de cada ocorrência e assim estar apto para o próximo atendimento”, falou o major, parabenizando cada pessoa e setor envolvido para a concretização desta iniciativa tão importante para o serviço.

 

O major Ricardo ainda reiterou que nas ocorrências de APH, os materiais utilizados acabam sendo contaminados por diversos agentes biológicos, principalmente os que são trazidos através dos fluidos corporais das vítimas. E isso exige uma ação preventiva de biossegurança após o atendimento da ocorrência que é tão importante quanto o atendimento em si, uma vez que se a assepsia dos equipamentos não for realizada de maneira correta, poderá haver contaminação dos bombeiros militares, seus familiares e futuras vítimas que serão atendidas com a utilização desses mesmos recursos.

 

Após o término das obras da sala de assepsia serão feitas regulamentações para instruir a forma de utilização da sala, bem como treinamentos para a tropa.