O tenente coronel Jack Emersson Viana apresentou um estudo intitulado “Eidemiologia dos afogamentos no Brasil” em palestra realizada durante o XXIX Congresso Pan-americano de Trauma, ocorrido entres os dias 9 e 11 de novembro, no Centro de Convenções de Maceió. O oficial apresentou um retrato das ocorrências relacionadas a óbito por afogamento em todo o país.
Entre os dados apresentados, o coronel destacou que as mortes por afogamento diminuíram de quase sete mil para pouco mais de seis mil por ano, de 1996 para 2014, mas o número ainda é considerado alto.
De acordo com o estudo, a maior parte das vítimas no país é do sexo masculino. Em 2014 foram 4635 óbitos de homens e 667 mortes de mulheres. Já o maior número de afogamentos com óbitos ocorreu no Estado de São Paulo, com mais de 750 casos registrados. Alagoas ocupou a décima sexta posição com cerca de 120 casos.
Outro dado relevante é que o maior número de ocorrências acontece nos rios com correnteza, representando 25% dos casos, e não em praias oceânicas, que representa cerca de 15% das ocorrências.
“Estar discutindo com a comunidade acadêmico-científica um tema tão próprio para nós, como o afogamento, foi uma experiência única. Pudemos expor a epidemiologia do afogamento em Alagoas e no Brasil, e nossas ideias para elaboração de estratégias visando combater esse problema de saúde pública, responsável por mais de 6 mil óbitos, somente em 2014”, ressalta o oficial.
Para o coronel Jack Emerson, essa também foi uma oportunidade para Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), como membro institucional da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), chamar a atenção para a necessidade de tirar o país do incômodo lugar que ocupa entre os países com mais óbitos por afogamento, em todo o mundo, conforme relatório da ONU.