Via Redação TNH1 - Por Débora Freire
O Corpo de Bombeiros de Alagoas enviou neste sábado (26) dois oficiais especialistas em busca e salvamento para colaborar com o trabalho de resgate de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrido ontem.
De acordo com o comandante-geral da corporação, coronel André Madeiro, os capitães Luiz Augusto e Jorge Luiz devem chegar à capital Belo Horizonte por volta de meio dia, onde serão recepcionados pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, para seguirem até Brumadinho.
Eles ficam na cidade por tempo indeterminado, e vão colaborar com o trabalho de buscas em terra e salvamento com cães. A iniciativa foi do próprio órgão em Alagoas.
O comandante explica que o trabalho em Minas Gerais tem dois objetivos. “A nossa intenção é ajudar o Corpo de Bombeiros de Minas no que eles puderem servir, e para que esses oficiais, como são instrutores, possam trazer experiência para o nosso pessoal. Temos aqui no período chuvoso ocorrências bem similares”, afirmou, ao TNH1, por telefone.
Dificuldades
A pedido da reportagem, o coronel avaliou as dificuldades que os oficiais e os demais bombeiros que atuam na ocorrência devem enfrentar em Brumadinho. Ele explicou que, por conta da lama, o trabalho inicial é feito com helicópteros, para a identificação de sobreviventes ou corpos.
Onde havia residências, o trabalho é feito por terra, mas como a dificuldade de deslocamento é muito grande, os cães entram no trabalho. “Onde o terreno já se encontra seco, eles vão caminhando para tentar localizar e, se encontrarem vítimas, acionam o helicóptero. Existem barcos também, porque em alguns locais a água ainda não virou terra seca”, explica.
Tragédia
O número de mortos no desastre chegou a nove na manhã deste sábado e, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, aproximadamente 300 pessoas estão desaparecidas e 189 foram resgatadas com vida na região.
De acordo com os bombeiros, de 100 a 150 pessoas estavam na área administrativa da Vale, que ficava nas proximidades da barragem que rompeu. Segundo o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, o dano ambiental será muito menor que o de Mariana, mas a tragédia humana deverá ser maior.