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EFETIVO FEMININO DO CBMAL PARTICIPA DE REUNIãO PARA DISCUTIR QUESTõES DO GêNERO

  • 05/10/17
  • 10:10

Na manhã da última quarta-feira, 04, o efetivo feminino do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas se reuniu para discutir sobre os avanços que a corporação vem desenvolvendo em prol do gênero e sobre as deliberações e discussões do Comitê Nacional de Bombeiras Militares (CNBM).

O CNBM foi criado no I Encontro Nacional de Bombeiras Militares que ocorreu em março deste ano, em Alagoas. Na ocasião, representantes de cada estado presentes no evento se reuniram e surgiu a ideia da criação de um comitê que representasse e lutasse pelos direitos das mulheres bombeiras militares em cada corporação do Brasil.

Após a criação, o comitê foi aprovado pela Ligabom, Liga dos Corpos de Bombeiros do Brasil, e no Congresso Internacional de Bombeiros e Emergências (CIBE) elaborou seu estatuto que será apresentado à Ligabom no Senabom da Paraíba, em novembro.

A reunião, que foi convocada pela tenente coronel Camila Paiva e pela major Elaine Monteiro, bombeiras de Alagoas que fazem parte do comitê, teve como objetivo foi informar às militares o que já foi feito dentro do comitê, pedir o apoio e engajamento de todas e conscientizar o corpo feminino sobre questões acerca da classe e problemáticas que acontecem dentro da própria instituição.

 

 

“O comitê vem para unificar, vem para que todo o Brasil fale a mesma linguagem em termos de condições para as bombeiras militares. Para vocês terem ideia, ainda existem estados que não reconhecem a mulher como bombeira militar, e sim como bombeiro militar, sem diferenciações no aspecto linguístico da palavra. Parece pouco ou até uma besteira, mas imagine então o que acontece dentro de suas áreas de atuação”, disse a tenente coronel.

Ela explica também que em compensação existem estados como é o caso de São Paulo que conseguiu comprar equipamentos levando em consideração o biótipo feminino, como botas menores e uniformes de combate a incêndio mais ajustados próprios para mulheres e sem onerar os custos para o estado.

A tenente coronel Camila aproveitou a oportunidade para discutir sobre a compulsória para as militares estaduais de Alagoas e informar os avanços sobre esse assunto que causa transtornos para as militares. Além disso, as bombeiras conversaram sobre temas como assédio dentro do ambiente militar, uma problemática silenciosa que precisa ser discutida, debatida e combatida de maneira mais incisiva.

“Foi muito importante esse momento, pois muitas mulheres nem sabem o que é ou do que se trata o assédio sexual, por exemplo. Algumas sofrem e não sabem quem procurar ou tem medo de denunciar por se sentirem acuadas ou por medo de perseguição dentro do ambiente de trabalho. Temos que entender que nós, apesar de minoria, somos fortes, e unidas teremos mais força ainda para combater ações como essa e para lutar pelos nossos direitos como mulheres e como bombeiras militares que somos”, disse a cabo Francesca, presente na reunião.

“Foi um momento muito bom e temos que nos reunir mais vezes. Só assim conseguiremos nos fortalecer. Que as bombeiras que não estiveram aqui hoje, estejam aqui na próxima vez e que assim sejamos um grupo forte, unido e que busca e luta pelas suas causas e direitos”, finalizou a cabo Marina Torres.

As militares também aproveitaram para homenagear o mês outubro rosa de combate ao câncer de mama.

 


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